3/10/2025

Com a chegada de outubro, o Distrito Federal intensifica as ações do Outubro Rosa, campanha mundial voltada à prevenção e ao diagnóstico precoce do câncer de mama. A programação, organizada pela Secretaria de Saúde (SES-DF), contempla palestras, exames gratuitos, mutirões e atividades educativas em diversas regiões administrativas, com destaque para Taguatinga, que concentra algumas das principais iniciativas voltadas à saúde da mulher. No Hospital Regional de Taguatinga (HRT), entre os dias 20 e 25 de outubro, será realizado um mutirão de cirurgias mamárias que vai beneficiar 50 pacientes, reforçando o compromisso da cidade com a oferta de tratamentos mais ágeis e eficazes. Já a UBS 7 de Taguatinga terá programação especial nos dias 29, 30 e 31, com mutirão para inserção de dispositivos intrauterinos (DIU) em 50 mulheres. No dia 30, a unidade vai abrir as portas para uma manhã de acolhimento à comunidade, com palestras, café da manhã, sorteio de brindes e até a inauguração de um jardim comunitário, que pretende simbolizar cuidado, vida e renovação. A mobilização também alcança a UBS 1 da cidade, que durante todo o mês oferecerá palestras, práticas integrativas em saúde e orientações de higiene bucal, além de estimular as consultas para coleta de exames ginecológicos e de rastreio da mama. De acordo com o oncologista da SES-DF, Gustavo Ribas, é fundamental que a população participe das ações. “Diversas unidades da Secretaria vão oferecer atividades educativas e de saúde para toda a comunidade. É importante que cada mulher procure a UBS de referência em sua região, como acontece em Taguatinga, para participar da programação”. O esforço reflete a preocupação com os índices da doença. De janeiro a junho de 2025, foram realizadas 13,9 mil mamografias na rede pública do DF, número superior ao mesmo período de 2024, quando foram contabilizados 11,4 mil exames. A expectativa é de que a procura cresça ainda mais, já que o Ministério da Saúde ampliou a faixa etária para rastreamento, agora abrangendo mulheres entre 40 e 50 anos e também de 69 a 74 anos. Segundo o mastologista Farid Buitrago, a rede pública está preparada para atender à nova demanda. “Estamos nos organizando para garantir a implementação da diretriz e assegurar atendimento adequado a todas as pacientes”, afirmou. Em 2023, a rede pública do DF realizou 487 cirurgias de câncer de mama; em 2024, foram 452, e até julho de 2025 já somam 265 procedimentos. Esses números reforçam a importância da prevenção e do diagnóstico precoce. As UBSs seguem como porta de entrada fundamental para o diagnóstico da doença. Mulheres que identificarem alterações durante o autoexame, como nódulos, secreções, dores ou assimetrias, devem procurar a unidade de saúde mais próxima para avaliação e, se necessário, encaminhamento ao atendimento especializado.