6/8/2020

POUCA GENTE sabe que a história do túnel sob o centro de Taguatinga não começou agora, mas ainda no tempo da ditadura militar, sendo administrador regional o depois deputado e senador Valmir Campelo (1981/1985). Alegando facilitar o fluxo de veículos de fora pelo centro da cidade, os tecnocratas do GDF resolveram, primeiro, demolir a histórica Caixa d´Água (foto menor), primeiro símbolo de Taguatinga. A comunidade reagiu e um grupo de advogados, à frente o então presidente da OAB, Wílon Wander Lopes, conseguiu interromper por dois anos a demolição. Destruído o primeiro símbolo de Taguatinga, veio a ideia do túnel, que só não foi construído por reação dos advogados e comerciantes, preocupados em verem o centro de sua cidade transformado em tumultuada passagem de veículos de fora, que nada tinham a ver com Taguatinga. Depois, destruíram o balão central (foto maior), que ficava em frente à Administração Regional, com o mesmo argumento de facilitar o fluxo dos veículos de fora, prejudicando Taguatinga mais uma vez. Agora, como terceiro sacrifício, volta a ideia do tal túnel, que preocupa os taguatinguenses, já que não houve qualquer debate com a comunidade sobre a necessidade da obra, seu custo, seu tamanho e o tempo do transtorno. Na verdade, o tal túnel não vai melhorar a vida de quem mora em Taguatinga, sacrificando o comércio e a própria cidade durante toda a obra, que só vai beneficiar os motoristas que vêm de outras regiões administrativas e do Entorno, no chamado Eixo Oeste do DF (veja no Google). Em recente pesquisa, o JORNAL SATÉLITE descobriu um desencontro absurdo pelo tamanho: o projeto básico do túnel começa antes do viaduto de entrada e termina depois do viaduto da Samdu. Mas informações da Secretaria de Obras do GDF dizem que o túnel será bem menor: só vai ficar entre os dois viadutos, ou seja, só entrando e saindo no centro de Taguatinga. E outra informação nova: o túnel vai ter um formato de Y...
Texto: Wílon Wander Lopes
Foto do túnel: Madalena Ribeiro
Foto da caixa d´água: Internet