20/6/2022

Últimos dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP) revelam que, em 2021, houve 2.131 registros de pessoas desaparecidas no Distrito Federal. Desse total, 64% são homens e 34% têm entre 31 e 50 anos. De acordo com o levantamento, a maior parte das pessoas costuma ficar até 24 horas desaparecida, representando 30,3% dos casos. No entanto, em 15,2% dos casos, não houve localização da pessoa até janeiro deste ano. Ou seja, cerca de 320 pessoas desaparecidas no ano passado não foram encontradas pela polícia. A incidência desse resultado é maior entre quem tem mais de 50 anos. Segundo a pasta, entre crianças e adolescentes, a principal motivação para o desaparecimento é fuga por conflitos familiares, violência doméstica, uso de drogas ou perda por descuido ou desorientação. Já entre adultos, são comuns os desaparecimentos por uso de drogas. Em comum, jovens e adultos também costumam alegar que somente passaram alguns dias com um namorado ou amigo. A SSP considera ainda desaparecimentos involuntários, ou seja, casos de vítimas de crimes com restrição de liberdade, homicídios, acidentes, crises psiquiátricas, entre outros motivos. No DF, em 2021, foram 34 registros deste tipo, somando 2,1% do total de pessoas que desapareceram no período.A região administrativa que mais registrou casos de desaparecimento foi Ceilândia. No ano passado, 284 pessoas que moravam na região desapareceram, o que representa 13,8% do total em todo o DF. O número, no entanto, é menor que o registrado em 2020, quando houve 297 desaparecidos em Ceilândia. Em seguida, aparecem Taguatinga, Samambaia e Planaltina, com 174, 154 e 145 pessoas desaparecidas, respectivamente. Quem tiver informações sobre o paradeiro de alguma pessoa desaparecida também pode entrar em contato pelo telefone 197. A denúncia pode ser feita de forma anônima.
Texto: Francisco Welson Ximenes
Foto: Internet