26/6/2024

Um local assustador! É assim que uma mulher, que não quis se identificar, refere-se à Rodoviária Interestadual de Taguatinga, que está provisória há mais de 11 anos. Construída ao lado do vazio Centro Administrativo do Governo do Distrito Federal, a rodoviária foi construída pequena, de forma bem simples. Porém, sofre com a falta de infraestrutura e segurança. A equipe de reportagem do JORNAL SATÉLITE esteve no local, por duas horas, em uma noite de segunda-feira. Logo que chegou, parou o carro em um estacionamento totalmente escuro nas proximidades da rodoviária e do Estádio Serejão. Um homem logo se aproximou para dizer que iria vigiar o automóvel, pois fazia parte do serviço dele naquela região. Já na rodoviária, não havia um policial, nem segurança e nem brigadista. Apenas pessoas, com suas malas, se preparando para pegar um ônibus, e proprietários de bancas. Pedintes também foram vistos por lá. Um deles não tirava os olhos do aparelho celular da nossa equipe. A rodoviária comporta cerca de dez mil passageiros diários, que se amontoam entre tapumes e disputam os poucos bancos. Da rodoviária provisória, partem ônibus de 12 empresas interestaduais e são vendidas passagens para mais de 200 cidades, além de coletivos que seguem para nove municípios do Entorno do DF. O Governo do Distrito Federal afirma que o terminal apresenta dimensão adequada à demanda. De acordo com a Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob), um novo terminal deve ser construído entre o Estádio Serejão e o Centro Administrativo. O objetivo desse projeto, segundo a pasta, é melhorar a infraestrutura de transporte e beneficiar a mobilidade urbana na região. A Semob ressalta que investiu cerca de R$ 276 mil nos últimos dois anos, para que fossem realizadas melhorias no terminal provisório. Os recursos foram destinados para nova pintura, expansão e reforma da cobertura. Além da revitalização dos banheiros, manutenção na rede de esgoto, instalação de novas luminárias, implantação de piso tátil e a instalação de câmeras de vigilância.
Texto: Francisco Welson Ximenes
Foto: Internet