30/10/2025
Um mês após passar por um processo de revitalização realizado por profissionais de estética automotiva, o icônico avião de Taguatinga voltou a amanhecer pichado nesta quarta-feira (29/10). Um vídeo divulgado pela página Sou Brasília mostra a sigla “CNF” marcada na parte frontal da fuselagem do Boeing 767-200. Moradores relacionam as letras à quadra CNF, localizada em Taguatinga Norte, mas não há confirmação sobre a intenção do autor. A aeronave está instalada nas dependências da Transplantas Garden Center, área que conta com vigilância 24 horas e câmeras de segurança. A reportagem entrou em contato com os proprietários do avião, Leonardo Tinen, 35 anos, e Charles Tinen, 60, que ainda não informaram se vão registrar boletim de ocorrência na Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Em episódios anteriores de depredação, os empresários optaram por não acionar as autoridades e deixaram os casos no passado. O Boeing 767-200, que pertenceu à antiga companhia aérea Transbrasil, passou por um mutirão de limpeza e restauração há cerca de 30 dias. A ação foi resultado de uma parceria entre os donos e a empresa Autotek, especializada em estética automotiva. Ao todo, 22 profissionais – entre eles detailers de diversos estados – trabalharam nos dias 20 e 21 de setembro para remover pichações, recuperar o brilho da fuselagem e revitalizar a carcaça da aeronave, que há mais de 12 anos se encontra estacionada às margens da Avenida Elmo Serejo, em Taguatinga. Apesar de ser alvo recorrente de vandalismo, o avião segue como ponto de referência na região e atrai a curiosidade de moradores e visitantes. Transportado para Brasília em 2014 após uma operação que exigiu 13 viagens de carreta, o avião foi adquirido por cerca de R$ 100 mil com a ideia de ser transformado em um restaurante temático. O projeto, no entanto, não saiu do papel. Um contrato chegou a ser firmado com um empreendedor, mas a sociedade foi encerrada em 2019 após o fiador enfrentar problemas pessoais. Desde então, episódios de invasão e depredação se tornaram frequentes. Para conter o vandalismo, os proprietários cercaram a área, instalaram câmeras e mantêm vigilantes no local – ainda assim, um grupo chegou a invadir o interior da aeronave há duas semanas. Com a experiência anterior, os donos afirmam que estão mais cautelosos quanto à entrada de novos sócios, mas não descartam parcerias futuras para dar um novo destino ao avião, assim como ocorreu com o projeto de revitalização realizado recentemente.
Foto: Internet