PROJETO DO GDF QUER TIRAR ATÉ O TAGUAPARQUE DE TAGUATINGA

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DEPOIS de perder território para o surgimento de outras cidades em sua área, Taguatinga corre, agora, o risco de perder, por incrível que pareça, mais pedaços no espaço que sobrou – e sobrou menos de um quarto de seu território inicial.

É que, como se sabe, Taguatinga cedeu espaço para o surgimento de Ceilândia, Samambaia, Águas Claras e, mais recentemente, Vicente Pires. O problema é que, no ato de criação das novas regiões administrativas, faltou definir os limites entre Taguatinga e as novas cidades.
Essa questão vem desafiando sucessivos governos, sem solução porque implica em desagradar todos os lados envolvidos, especialmente Taguatinga.  

DESGASTES
No governo Arruda, houve uma tentativa de resolver o problema, com o envio de projeto de lei à Câmara Legislativa, com uma definição de limites polêmica, como é o assunto envolvido. Mas, não se sabe a razão, a ideia não foi à frente. Há comentários de que os deputados distritais não quiseram encarar o problema porque ele sempre envolveria desgates – e votos. Se puxassem os limites para uma cidade, desagradaria outra...

Há dias, a Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Urbano do GDF, comandada pelo deputado Geraldo Magela, que tem Vicente Pires como seu espaço político na divisão do poder do DF, esboçou mais um projeto a respeito do tema, em que Taguatinga perde mais e mais território, inclusive aquela que é considerada a maior e mais difícil conquistas da cidadania taguatinguense: o Taguaparque.

Como é lógico, por prejudicar muito a Taguatinga, o projeto do GDF já começa a incomodar os taguatinguenses e a manchar a boa imagem de Agnelo e de Magela, por consequência do governo do PT. O impasse só vai ser resolvido na hora em que as autoridades do GDF assumirem outra postura: evitar tanta arrogância e falta de sensibilidade e reunir as entidades representativas das comunicades envolvidas, informar as intenções do GDF e pedir a elas uma solução.