* Estudantes são agredidos em frente ao Centro de Ensino Médio Ave Branca, em Taguatinga
30/8/2022
Dois estudantes foram agredidos por um grupo de dez adolescentes, na faixa etária de 15 anos, em frente ao Centro de Ensino Médio Ave Branca (Cemab), em Taguatinga. Imagens do momento da briga, que circulam nas redes sociais, mostram um dos estudantes caído no chão. A surra teria sido motivada pelo fato do rapaz ser considerado “playboyzinho” e “se achar bom no futebol”. O adolescente e dois amigos, alvos da agressão registrada em vídeo por outros alunos, haviam sido ameaçados pelo grupo, apelidado no Cemab de “bonde”. Segundo a mãe do adolescente espancado, de 40 anos, o filho contou que os agressores passaram a encará-lo. “Meu filho tem uma amiga em comum com integrantes desse bando, e ela havia se relacionado com um deles. No entanto, após se separarem, ela passou a namorar um amigo do meu filho, e isso pode ter motivado uma crise de ciúmes”, avaliou. De acordo com a mãe, um dos estudantes se aproximou do adolescente e ameaçou. “E aí, desgraçado?! Está me encarando por quê? Vamos para o X-1 e resolver na saída”, teria provocado. “X-1” é a gíria usada por estudantes para uma briga no estilo “mano a mano”. Naquele dia, o “bonde” foi liberado às 16h30, e o adolescente saiu apenas por volta das 18h. “Meu filho achou que todos já teriam ido embora e saiu. Mas estavam de tocaia esperando por ele”, contou. Quando passou pelo portão da escola, acreditando estar seguro, o aluno foi cercado pelo bonde, que começou as agressões. “Meu filho contou que teve tempo apenas de proteger a cabeça, mas o ataque foi covarde e brutal. Outro amigo dele tentou defendê-lo, mas também acabou agredido”, desabafou a mãe. O espancamento acabou apenas quando uma funcionária da escola ouviu a gritaria e chamou o vice-diretor da instituição. As vítimas acabaram sendo levadas para dentro da escola, enquanto o “bonde”, formado por alunos que moram em Vicente Pires, fugiu do local. “Eu acredito que, naquele dia, todos já foram para a escola com o objetivo de bater no meu filho, por isso vários estavam usando capuzes, para dificultar a identificação pelas câmeras de seguranças instaladas nas proximidades”, explicou. Ela ainda afirmou que o filho chegou em casa com escoriações no rosto, no pulso e na boca. “As autoridades precisam apurar as brigas que ocorrem de forma rotineira na frente de algumas escolas em Taguatinga. Por sorte, meu filho não sofreu nada mais grave”, ressaltou. A mãe registrou ocorrência na Polícia Civil do Distrito Federal.
Texto: Francisco Welson Ximenes
Foto: Internet