* Em novo boletim, Taguatinga segue como a quarta RA no ranking de casos de dengue no DF

28 04 2022 flagrantedSengueTaguatinga28/4/2021

Desde o início do ano até 14 de abril, a Secretaria de Saúde notificou 29.480 casos suspeitos de dengue no Distrito Federal. O 14º boletim epidemiológico, da Subsecretaria de Vigilância à Saúde, aponta que, a cada hora, cerca de 12 pessoas são infectadas pelo mosquito Aedes aegypti na capital do país. Do total de casos suspeitos da doença, 26.813 eram prováveis. O número representa aumento de 520,1% nos casos prováveis, se comparado ao mesmo período de 2021, quando houve 4.137 registros de dengue no DF. Com relação ao perfil dos casos prováveis de dengue por sexo e grupo etário entre os moradores da cidade, a maior incidência dos casos é entre pessoas do sexo feminino, com 888,8 casos por 100 mil habitantes. No que se refere à idade, o grupo etário com maior ocorrência da doença está entre 70 a 79 anos, com 1.017,3 casos por 100 mil habitantes. Ceilândia lidera o ranking de notificações, com 5.024. Em seguida, aparecem Samambaia (2.084), São Sebastião (1.980) , Taguatinga (1.531) e Planaltina (1.422). Somadas, essas cinco regiões administrativas apresentaram 46,9% dos casos prováveis de dengue do DF. Ao contrário da quantidade de casos prováveis, a taxa de mortalidade da dengue no DF diminuiu quando comparada com 2021. Houve um óbito provocado pela doença neste ano. No mesmo período do ano passado, foram registradas seis mortes. O subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero, avalia que a Covid-19 fez diminuir as ações de prevenção à dengue ao longo de todo o ano de 2021, pois havia restrições para os agentes entrarem nos domicílios. Além disso, o acúmulo de lixo nas residências e o aumento na densidade das chuvas contribuíram para o surgimento de uma superpopulação do mosquito Aedes aegypti. “Há muito tempo, não tínhamos o sorotipo 1 da dengue aqui no DF, que é o que tem se manifestado na população. Posso afirmar com certeza que cerca de 97% dos focos da doença estão nas residências, em locais onde há acúmulo de água parada. Por isso, é importante que a população incorpore o trabalho dos agentes de saúde, pois não conseguimos monitorar em tempo real a casa de cada indivíduo”, comentou Valero. Em Taguatinga, Ceilândia, Brazlândia, Planaltina, Sobradinho, São Sebastião e Paranoá, foram instaladas tendas na área externa das UBSs para prestar os cuidados iniciais aos pacientes. Treze carros também percorrem as ruas das regiões com maior incidência de casos para a aplicação do chamado “fumacê”.
Texto: Francisco Welson Ximenes
Foto: Internet