* Biblioteca Braille Dorina Nowill, em Taguatinga, reabre sob protocolos de combate à pandemia

07 11 2021 flagrantebibliotecabraileTaguatinga7/11/2021

As bibliotecas públicas do Distrito Federal vão, aos poucos, abrindo as portas e garantindo aquele espaço de leitura e sossego aos brasilienses. Após um longo período de pandemia do coronavírus, 15 das 26 bibliotecas espalhadas por várias regiões administrativas do DF voltaram a receber os frequentadores, seguindo protocolos de segurança contra a covid. Entre elas, está a Biblioteca Braille Dorina Nowill, em Taguatinga, que atende diariamente 20 pessoas cegas. Durante a pandemia, foi um ponto de encontro entre essas pessoas. Fundadora da biblioteca, Dinorá Couto Cançado, 68 anos, comemora a possível reforma do espaço que, desde a criação, em 1995, não recebe uma nova obra de revitalização. “Seria a solução para tudo. A biblioteca passaria a existir para o Estado. A Administração Regional, que é dona da cidade, entraria com limpeza do espaço. Está voltando com toda a dignidade possível graças à Regional de Ensino. Os cegos vão ter a casa de convivência de volta, porque só quem aguentou durante um ano e meio de aulas virtuais a cada cego de baixa visão sabe o que é a alegria deles de pensarem que vão ter um espaço físico”, vibra Dinorá. Mesmo sem ser funcionária oficializada na biblioteca, ela ainda trabalha como voluntária do espaço. O Coordenador Regional de Ensino de Taguatinga (CRET), Murilo Marconi, visitou o espaço e adiantou a previsão de reforma para este ano – estipulada em R$ 80 mil por meio de emenda parlamentar. "A própria regional de ensino vai disponibilizar os materiais e dar uma repaginada na biblioteca, uma vez que é um espaço que a comunidade precisa. A obra vai trazer benefícios, o próprio estudante vai poder utilizar a biblioteca para consultas via internet, porque muitos deles não têm a oportunidade em casa por não terem recursos, como computador e celular", afirma o coordenador. Murilo diz que organiza uma parceria com a Secretaria de Ciência e Tecnologia (Secti) para colocar dentro do espaço um Wi-Fi Solidário.
Texto: Francisco Welson Ximenes
Foto: Agência Brasília