30/9/2025

O Hospital Regional de Taguatinga (HRT) realizou, no último fim de semana, um mutirão de colposcopias que beneficiou 174 mulheres no Ambulatório de Alta Complexidade em Oncologia. A ação integrou a campanha Setembro em Flor, promovida pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) em parceria com o Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA), com o objetivo de ampliar o acesso ao diagnóstico precoce e ao tratamento de cânceres ginecológicos, além de conscientizar a população sobre a importância do acompanhamento regular. Durante os dois dias de atividades, servidores e voluntários realizaram colposcopias, exame indicado para pacientes que apresentaram alterações no preventivo (Papanicolau). O procedimento, feito com o auxílio de um colposcópio, permite observar em detalhe o colo do útero e identificar lesões que não podem ser vistas a olho nu. Em alguns casos, também foram coletadas biópsias para análise laboratorial. A cirurgiã oncológica Rayane Cardoso, uma das organizadoras do mutirão, destacou que a colposcopia é fundamental para detectar precocemente alterações nas pacientes e iniciar rapidamente o tratamento, evitando que uma lesão evolua para um câncer de colo de útero. Entre as mulheres atendidas, a estudante Maria, de 22 anos, moradora de Samambaia, ressaltou a agilidade do processo. Segundo ela, o agendamento foi feito em menos de uma semana e todo o atendimento ocorreu de forma acolhedora, o que trouxe mais segurança para enfrentar o diagnóstico. A campanha Setembro em Flor mobilizou diversas iniciativas ao longo do mês, incluindo aulas, orientações, vacinação contra o HPV, caminhada de conscientização e atendimentos especializados sobre os principais tipos de câncer ginecológico, como os que atingem o colo do útero, endométrio, ovários, vagina e vulva. De acordo com Cardoso, o balanço da ação foi positivo, pois além de garantir atendimento especializado, reforçou a importância da prevenção e da informação em saúde. O câncer ginecológico mais prevalente é o causado pelo HPV (papilomavírus humano), e a rede pública do Distrito Federal oferece gratuitamente a vacina contra o vírus para meninos e meninas de 9 a 14 anos, além de jovens de 15 a 19 anos até o fim deste ano.

Foto: Agência Saúde-DF