22/1/2020

O ex-governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, foi condenado, de forma definitiva, por improbidade administrativa no processo que questiona a inauguração do Centro Administrativo do DF, o Buritinga, em Taguatinga. No fim de 2019, o Superior Tribunal de Justiça manteve a condenação e emitiu certidão de trânsito em julgado, o que significa que não há mais possibilidade de recurso. A decisão é resultado de um processo movido pelo Ministério Público do DF. Na ação, o MP alega que a inauguração do Buritinga, em 31 de dezembro de 2014 – último dia da gestão Agnelo no GDF – ocorreu "de forma súbita e na contramão da legislação federal". Além de Agnelo, o ex-administrador de Taguatinga, Anaximenes Vale dos Santos, também foi condenado. As penas foram fixadas em suspensão dos direitos políticos, pagamento de multa e indenização no valor de R$ 1 milhão, para Agnelo; e suspensão dos direitos políticos e multa e indenização de R$ 500 mil, para Anaximenes. Segundo o Ministério Público, Agnelo cometeu diversos atos ilegais com o objetivo de garantir a inauguração do Buritinga, mesmo sem documentos como o relatório de impacto de trânsito, obrigatório para a emissão da carta de habite-se – que autoriza a ocupação do imóvel. O Buritinga, como o povo apelidou o Centro Administrativo, foi idealizado pelo advogado e jornalista, Wílon Wander Lopes, em editorial publicado no JORNAL SATÉLITE. Em 2014, a sugestão da mudança do GDF para Taguatinga foi destacada pelo ex-governador José Roberto Arruda, durante reunião com líderes comunitários e outras lideranças. Veja o vídeo em: https://www.youtube.com/watch?v=mLQGayxB7wc

Texto: Francisco Welson Ximenes
Foto: Internet