Com a perda de território, população cai para apenas 221 mil

 

 

Prejudicada territorialmente com a criação das regiões administrativas de Águas Claras e de Vicente Pires,Taguatinga também perde grande parte de sua população: de 361.063 para 221.909 habitantes

CIDADE madura, tradicional e independente. Segundo a Pesquisa Distrital por Amostras de Domicílio (PDAD), Taguatinga se destaca devido ao percentual de idosos,

muito acima da média do DF (18,3% contra 7,4%). Em contrapartida, apenas 16,4% da população tem até 14 anos de idade.

 

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PERDENDO
Em função da perda de território para a implantação de Águas Claras e de Vicente Pires, Taguatinga também perdeu grande parte da sua população. Pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010, constatou um número de 361.063 residentes em Taguatinga, incluindo aqui as cidades de Águas Claras e de Vicente Pires. Já a Codeplan apurou um número de 221.909 habitantes somente para Taguatinga.


ANALISANDO
A gerente de Estudos e Pesquisa da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan), Iraci Peixoto, explica que Taguatinga se caracteriza como a Copacabana do Cerrado. “Acreditamos que ao longo dos outros dados poderemos encontrar mais cidades nesse perfil, mas são poucas. Taguatinga representa aquele local onde as pessoas idosas aproveitam a vida, como Copacabana, no Rio de Janeiro”.
De acordo com a pesquisa, dos moradores de Taguatinga, 47,3% são oriundos de outros estados, como Minas Gerais (22%) e Goiás (16,4%). A maioria da população (48,2%) é natural de outras regiões do DF.

ENRAIZADOS
A pesquisa realizada pela Codeplan mostrou que os taguatinguenses são enraizados em sua cidade. De acordo com a PDAD, 71,4% dos residentes nunca mudaram de localidade, 6,4% da população estudou até o primeiro grau e 1,3% fez o primário. A escolaridade baixa se concentra nas faixas a partir dos 55 anos, devido ao não acesso à Educação. 15,7% dos moradores cursam o Ensino Médio em escola pública e apenas 13,5% estudam em escolas privadas.


ELAS SÃO MAIORIA
Nos cálculos do IBGE, que englobam Vicente Pires e Águas Claras em Taguatinga, as mulheres predominam. Elas representam cerca de 52,89% da população, ou seja, 190.966 mulheres. Já os homens são 170.097 (47,11%).
Enquanto os limites entre Taguatinga, Águas Claras e Vicente Pires não forem definidos, haverá confusão sobre dados na região destas cidades.

Taguatinga ou Águas Claras?

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Falta definir limites
A FALTA de definição de limites entre Taguatinga, Águas Claras e Vicente Pires está criando sérios problemas para a comunidade e insegurança jurídica para os empreendedores. A comunidade de Vicente Pires, mais exatamente os moradores da antiga Colônia Agrícola Samambaia por exemplo, não está entendendo porque uma parte de seu território natural, ao lado da EPTG, está sendo tomado por instituições de Taguatinga, como é o caso da Igreja Batista (foto à direita), por outra sede da Loja Maçônica Gonçalves Ledo, que já funciona na QNJ, Taguatinga Norte e pelos quiosques barulhentos que infernizavam a vizinhança, na C 1.
Quem constrói em terrenos próximos à Universidade Católica (foto à esquerda), que têm endereço do antigo bairro de Taguatinga, Águas Claras, não sabe a qual Administração Regional se dirigir. E nas administrações de Águas Claras e de Taguatinga ninguém sabe aonde começa uma cidade e termina outra. É que falta a definição de limites entre as novas cidades e Taguatinga, que não abre mão do Pistão Sul e cercanias, embora o endereço de Água Claras leve a pensar que o território não é de Taguatinga. Por questões políticas menores, o GDF vai deixando o problema se arrastar.
Até quando?

Taguatinga ou Vicente Pires?

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