Levantamento do IPEDF aponta que 307 pessoas vivem em situação de rua em Taguatinga

22 09 2025 flagrantemoradoresderuaTaguatinga21/9/2025

O 2º Censo Distrital da População em Situação de Rua, realizado pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), identificou 3.521 pessoas nessa condição no DF. O número representa um crescimento de 19,8% em comparação ao levantamento anterior, feito em 2022, quando foram registradas 2.938 pessoas. O estudo revela um cenário diverso: 81,8% são homens, 16,3% mulheres e 0,2% pessoas intersexo. A população negra é maioria absoluta, somando 80,7% dos entrevistados, sendo 24,4% pretos e 56,3% pardos. Entre as crianças, houve queda de 52,6% em relação a 2022, passando de 255 para 121. Apesar disso, quase três quartos (71,9%) têm até 11 anos. O levantamento também mostra predominância de meninas nas faixas etárias mais jovens. A maioria delas (72,5%) está nas ruas acompanhando familiares ou amigos, enquanto apenas uma pequena parcela relatou situações como expulsão de casa ou perda da moradia (ambos com 3,9%). Em relação ao local onde foram encontradas, 76,1% das pessoas estavam efetivamente nas ruas, em calçadas, marquises, praças, canteiros e estacionamentos. O percentual era de 65,2% em 2022. Outras 19,3% estavam em serviços de acolhimento e 4,4% em comunidades terapêuticas. No recorte territorial, o Plano Piloto segue concentrando o maior número absoluto: 897 pessoas (25,4%). O maior crescimento, porém, foi em Ceilândia, que passou de 370 pessoas em 2022 para 719 em 2025, um aumento de 94,3%. Em contrapartida, Taguatinga e São Sebastião registraram reduções: de 351 para 307 pessoas (queda de 12,5%) e de 385 para 255 (redução de 33,7%), respectivamente.

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