Em tempos de greve na UnB, Biblioteca Pública de Taguatinga se destaca como alternativa para estudo

26 06 2025 flagranteBibliotecaPúblicadeTaguatinga26/6/2025

Com a paralisação dos servidores técnico-administrativos da Universidade de Brasília (UnB), que mantém a Biblioteca Central fechada desde março, estudantes e pesquisadores precisam buscar novas opções para manter a rotina de estudos. E em meio às 24 bibliotecas públicas espalhadas pelo Distrito Federal, a cidade de Taguatinga se sobressai como um dos principais polos de leitura, pesquisa e concentração. A Biblioteca Pública de Taguatinga Machado de Assis, equipada com estrutura adequada, ambiente climatizado e acesso gratuito a internet, tem recebido um fluxo crescente de estudantes que precisam continuar seus estudos mesmo sem o suporte da UnB. O espaço conta ainda com acervo diversificado, salas para leitura individual, além de serviços voltados à inclusão, como a Biblioteca Braille “Dorina Nowill”, referência no atendimento a pessoas com deficiência visual. A procura por ambientes tranquilos e bem equipados tem crescido, principalmente entre os universitários que residem nas regiões administrativas mais próximas, como Ceilândia, Samambaia, Águas Claras e o próprio centro de Taguatinga. Além da praticidade, a biblioteca da região oferece horários flexíveis, o que facilita o planejamento da rotina de estudos. Embora a Biblioteca Nacional de Brasília e outras unidades na área central do DF sejam amplamente conhecidas, Taguatinga se consolida como um verdadeiro polo de acesso ao conhecimento na periferia, acolhendo tanto estudantes da rede pública quanto universitários em busca de um ambiente apropriado para manter o ritmo acadêmico. A crise provocada pela paralisação pode ter limitado o acesso a uma das principais bibliotecas universitárias do país, mas também evidenciou a importância das bibliotecas comunitárias e descentralizadas. Taguatinga, com sua rede bibliotecária ativa e funcional, prova que o conhecimento pode, e deve, circular além dos muros universitários.

Texto: Francisco Welson Ximenes
Foto: Internet