Taguatinga tem vergonha do Morcegão

 

GERANDO polêmica em toda a cidade, o estranho tótem implantado pela Administração Regional de Taguatinga em cima do viaduto da entrada para comemorar o 52º aniversário da cidade, em 2010, está sob suspeita de desvio de recursos públicos.


É que o então administrador, pastor Gilvando, cometeu o grande erro de não consultar a comunidade e nem as referências históricas da cidade e, só levado pelo orgulho de deixar sua marca na cidade, gastou dinheiro público na instalação do tótem que os taguatinguenses apelidaram de “Morcegão”.

SUSPEITA
Um funcionário da RA-III, também revoltado com o tal “Morcegão”, informou que a verba utilizada para a construção do “Morcegão” era para transposição da grade do canteiro da Via Central para outro local. Como o Detran não aprovou a ideia de tal deslocamento, o pastor Gilvando Galdino usou a verba para inventar o “Morcegão”. Assim, não é atoa que ele está entre as suspeitas de superfaturamento.
Uma das primeira pessoas a reclamar do “Morcegão” foi o ex-administrador Regional de Taguatinga por duas vezes, agora deputado estadual por Goiás, Itamar Barreto. Revoltado com o gasto e com a polêmica obra, ele ligou para o JORNAL SATÉLITE, reclamando: “Aquilo é um mostrengo. Uma obra totalmente de mau gosto. Taguatinga não merece isso!

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POVO REJEITA
Morador da QNL 8, o comunicador visual Edgar Fortunato também critica o marco: “É uma palhaçada isso. É uma coisa feia, sem dúvida. Tudo o que tem que ser feito, tem que ser estudado. Se é para ser colocado um monumento, que coloque algo que simbolize e que tenha a cara de Taguatinga. Deve ser retirado já.”
Pesquisa que fi zemos junto à vizinhança revelou que o povo não aprova o “Morcegão”, achando, inclusive, que, como aumentaram os acidentes no viaduto a partir da construção dele, o “Morcegão” dá azar e que, por isso, deve ser retirado dali imediatamente.
Na medida em que muitas outras pessoas também reclamaram do tótem, por telefone ou por e-mail, o JORNAL SATÉLITE foi às ruas saber o que a população está achando da infeliz novidade. E a pesquisa demonstrou que, entre trinta pessoas ouvidas, só duas concordaram com a construção do “monumento”, mesmo assim reclamando do mau uso do dinheiro público.
Até quando?